Não são muito difíceis de fazer mas é preciso começar a preparar tudo com alguma antecedência porque a abóbora tem que escorrer durante a noite depois de cozida (para dizer a verdade já os fiz no próprio dia, mas não recomendo).
Este
ano comecei com uma abóbora menina de cerca de 10 kg e depois de cozida
ficou a escorrer durante a noite. No dia seguinte espremi a abóbora num
pano para retirar ainda bastante líquido. No fim pesei a polpa e fiquei
com cerca de 1,6 kg. É sempre espantoso como de uma abóbora tão grande
resta pouca polpa!
Foi então que comecei a juntar os ingredientes:
5 ovos inteiros + 5 gemas,
sumo e raspa de uma laranja,
um cálice de vinho do porto,
cerca de 10 a 12 colheres de sopa de açúcar (usei mascavado),
cerca de 6 a 7 colheres de sopa de farinha bem cheias (usei de espelta).
A
quantidade de farinha depende muito da consistência que se quiser obter
e eu junto sempre o mínimo possível até conseguir moldar os bilharacos,
pois prefiro que o sabor da abóbora sobressaia.
Segue-se
um exercício de paciência que consiste em moldar os bilharacos com a
ajuda de duas colheres, como se se estivesse a fazer bolinhos de
bacalhau, e fritar em óleo abundante sem estar muito quente. Depois de
fritos, ficam a arrefecer em papel de cozinha. Faço então uma calda, com
10 colheres de sopa de açúcar, 10 colheres de sopa de água, casca de
laranja e paus de canela. Passo os bolinhos para os pratos de servir e
rego com a calda.
Ficam melhores com o passar dos dias mas estes não costumam durar muito ;-)